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O emprego e a renda surpreendem (de novo)

 

04/04/25

 

No último dia 28, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Segundo a agência Brasil de notícias, o Brasil fechou o mês de fevereiro com saldo positivo de 431.995 empregos com carteira assinada. É o maior saldo mensal registrado na nova série histórica do Caged, que começou em 2020 e superou as expectativas do mercado. Para se ter uma ideia os especialistas esperavam a geração de 330 mil postos novos de trabalho.

Luiz Marinho, titular do TEM, atribui esse aumento de emprego formal a “um monte de investimentos que o governo realizou”. “O resulto é esse”, disse.

O maior crescimento do emprego formal no mês passado ocorreu no setor de serviços, com a criação de 254.812, postos e a maioria das vagas criadas no mês de fevereiro foram preenchidas por mulheres que ficaram com 229.163, enquanto os homens ocuparam 202.832 postos.

Mas o rendimento dos trabalhadores aumentou., chegando até bater um recorde histórico. O rendimento médio chegou a R$ 3.378, o valor mais alto já registrado desde 2012, quando começou a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por esses dados, a alta da renda do trabalhador, em um ano, foi de 3,6%.

A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, frisa que parte do recorde do rendimento médio pode ser explicada pela redução da informalidade no mercado de trabalho. A taxa de informalidade ─ trabalhadores que não têm garantidos direitos como férias, contribuição para a Previdência Social e 13º salário ─ teve “ligeira redução”, caindo a 38,1% da população ocupada. No trimestre terminado em novembro de 2024, estava em 38,7%.

Trump elogia o sistema eleitoral brasileiro

Por essa ninguém esperava (e muito menos os bolsonaristas). No último dia 26, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que muda o sistema eleitoral daquele país, como foco na prevenção de fraudes, acabou elogiando o processo eleitoral realizado pelo Brasil. O texto divulgado pela Casa Branca, de autoria do presidente, há a seguinte menção às eleições no Brasil: “Os Estados Unidos agora falham em aplicar proteções eleitorais básicas e necessárias empregadas por nações modernas e desenvolvidas, bem como por aquelas ainda em desenvolvimento. A Índia e o Brasil, por exemplo, estão vinculando a identificação do eleitor a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos dependem amplamente da autodeclaração para a cidadania”.

Por uma feliz (ou triste coincidência, ainda depende do ponto vista político do leitor) essa afirmação de Trump foi justamente no mesmo dia em que o STF (Supremo Tribunal Federal) tornou réu o ex-presidente Bolsonaro e mais sete pessoas por tentativa de golpe de estado no dia 8 de janeiro de 2023.

Alguns analistas acreditam que essa menção de Trump às eleições brasileiras podem ser um recado indireto ao próprio clã Bolsonaro que vem procurando alguma ajuda do governo norte-americano para reverter a delicada situação jurídica (e política) do ex-presidente, que também se encontra inelegível. Tanto que o filho Eduardo Bolsonaro pediu licença do cargo de deputado federal para permanecer nos Estados Unidos e continuar as tratativas nesse sentido. O agora deputado licenciado encontra-se lá desde a posse do republicano.

Vale lembrar que dias antes, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também tinha elogiado o sistema eletrônico eleitoral brasileiro. O governador afirmou que as urnas brasileiras são referência para outros países: “o Brasil vem se tornando referência em termos de velocidade, de apuração, de tecnologia, ou seja, muitos países têm que olhar para o Brasil e ver o que tá sendo feito aqui”.

Tal afirmação, como não poderia deixar de ser, causou grande comoção nas hostes do ex-presidente.

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